Crassostrea Gigas

 

A ostra Portuguesa - Crassostrea angulata -, teve uma grande importância comercial na Europa durante todo o século XX até á década de 70, altura em que praticamente desapareceu devido a elevadas mortalidades, provocadas pela mortalidade massiva vulgarmente denominada doença das brânquias (OVVD, Iridoviridae) (Héral and Deslous‐Paoli, 1990). Para atenuar essa crise foi introduzida na Europa a Crassostrea gigas, de modo a substituir a ostra Portuguesa, que não apresentava uma tão severa mortalidade associada a esse mesmo vírus (Comps, 1988).

 

De entre as ostras a espécie com maior produção global designa-se por Crassostrea gigas (comumente conhecida por ostra japonesa ou ostra do pacifico) atingindo em 2010 uma produção de 662.513 toneladas (FAO, 2012).

 

 

A espécie Crassostrea gigas, tem origem natural no leste da Ásia, essencialmente na China e Coreia, sendo também uma espécie endémica no Japão.

Contudo, devido à sua introdução em diversos países, essencialmente para produção em aquacultura, a espécie C. gigas apresenta uma distribuição geográfica global. Pode ser encontrada da América do Norte à América do Sul, em países como os Estados Unidos da América, Canadá, Brasil, Chile e Argentina. Na Europa encontra-se desde a Noruega a Portugal e ainda em alguns países mediterrânicos (FAO, 2012).